"A obrigação, que nos representamos como um laço entre os homens, começa por ligar cada um de nós a si mesmo." (...)
"Um ser não se sente obrigado se não for livre, e cada obrigação, particularmente considerada, implica a liberdade."
"Toda a moral, pressão ou aspiração, é de essência biológica."
A madeira vive. A madeira ferve. A madeira inventa. A madeira sustenta. A madeira alimenta. A madeira fala de si...
quarta-feira, 4 de dezembro de 2019
quinta-feira, 28 de novembro de 2019
Hamlet, Príncipe da Dinamarca, W. Shakespeare, 1604(?)
"Teu para sempre, senhora tão amada, enquanto a máquina deste corpo for minha, Hamlet" carta de Hamlet a Ofélia interceptada por Polónio
Polónio para Laertes: "Não dês língua ao teu pensamento nem concedas o seu acto ao pensamento desmedido. Sê simples, mas de modo nenhum vulgar. Prende ao teu amor com ganchos de aço os amigos cuja escolha experimentaste. Mas não calejes a tua mão acolhendo cada novo camarada que te surja. Teme entrar numa questão, mas tendo entrado, porta-te de forma a que teu opositor te tema. Dá a muitos o teu ouvido e a poucos a tua voz. Acolhe cada censura mas reserva o teu julgamento."
Hamlet para um actor: "Também não te deves dominar demais, mas deixa que a tua discrição seja o teu guia. Ajusta a acção com a palavra e a palavra com a acção; com um cuidado especial em não forçar a modéstia da natureza. Pois tudo quanto é exagerado se desliga do objecto próprio do teatro, cuja finalidade, tanto no começo como agora, foi e é, por assim dizer, erguer um espelho em frente à natureza; para mostrar à virtude o seu próprio rosto, ao mal a sua própria imagem, e a cada século e a cada encarnação do tempo a sua forma e seu cunho..."
Rei: "(...)Para que serve a misericórdia senão para olhar de frente o rosto do pecado?"(...)
domingo, 4 de agosto de 2019
Henry David Thoreau, Walden ou a Vida nos Bosques, 1854.
"Fui para os bosques porque pretendia viver deliberadamente, defrontar-me apenas com os factos essenciais da vida, e ver se podia aprender o que ela tinha a ensinar-me, em vez de descobrir à hora da morte que não tinha vivido. Não desejaria viver o que não era vida, sendo a vida tão maravilhosa, nem desejava praticar a resignação, a menos que fosse de todo necessária. Queria viver em profundidade e sugar toda a medula da vida, viver tão vigorosa e espartanamente a ponto de pôr em debandada tudo o que não fosse vida, deixando o espaço limpo e raso; encurralá-la num beco sem saída, reduzindo-a aos seus elementos mais primários, e, se esta se revelasse mesquinha, adentrar-me então na sua total e genuína mesquinhez e proclamá-la ao mundo; e se fosse sublime, sabê-lo por experiência, e ser capaz de explicar tudo isso na próxima digressão."
"À medida que uma pessoa simplificar a sua vida, as leis do universo hão-de parecer-lhe menos complexas, a solidão deixará de ser solidão, a pobreza deixará de ser pobreza, a fraqueza deixará de ser fraqueza. Se construístes castelos no ar, não terá sido em vão esse vosso trabalho; porque eles estão onde deviam estar. Agora, por baixo, colocai os alicerces."
domingo, 19 de maio de 2019
quinta-feira, 9 de maio de 2019
Octavio Paz, O Macaco Gramático, 1974
"A poesia alimenta-nos e aniquila-nos, dá-nos a palavra e condena-nos ao silêncio. É a percepção necessariamente momentânea (não resistiríamos muito mais) do mundo sem medida que um dia abandonamos e ao qual regressamos ao morrermos. A linguagem crava as suas raízes nesse mundo mas transforma os seus sucos e reacções em signos e símbolos. A linguagem é a consequência (ou a causa) do nosso desterro do universo, significa a distância entre nós e as coisas. É também o nosso recurso contra essa distância."
sábado, 9 de março de 2019
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019
quinta-feira, 24 de janeiro de 2019
Italo Calvino, Se numa noite de inverno um viajante, 1979.
"- Eu também sinto a necessidade de reler os livros que já li - diz um terceiro leitor -, mas em cada releitura parece-me ler pela primeira vez um livro novo. Serei eu que continuo a mudar e vejo coisas novas que antes não tinha notado? Ou a leitura é uma construção que ganha forma juntando um grande número de variáveis e não se pode repetir duas vezes de acordo com o mesmo desenho? Sempre que tento reviver a emoção de uma leitura anterior, obtenho impressões diferentes e inesperadas, e não reencontro as anteriores. Em certas alturas parece-me que entre uma leitura e outra existe um progresso: no sentido por exemplo de penetrar mais no espírito do texto, ou de aumentar a distanciação crítica. Noutras alturas em contrapartida parece-me conservar a lembrança das leituras do mesmo livro uma junto da outra, entusiásticas ou frias ou hostis, dispersas no tempo sem uma perspectiva, sem um fio que as una. A conclusão a que cheguei é de que a leitura é uma operação, sem objecto; ou que o seu verdadeiro objecto é ela própria. o livro é um suporte acessório ou inclusivamente um pretexto."
...
(...o romance mais assombroso e genial que alguma vez li!)
domingo, 18 de novembro de 2018
Estreia: Parece que o Mundo, 22,23 e 25 no Teatro S.Luiz
Estreio na próxima quinta "Parece que o Mundo":
DIREÇÃO Clara Andermatt COCRIAÇÃO Clara Andermatt e João Lucas INTÉRPRETES Ana Moreno, Felix Lozano, Gil Dionísio, Joana Guerra, João Madeira, Jolanda Löellmann e Liliana Garcia CENOGRAFIAArtur Pinheiro FIGURINOS Ana Direito DESENHO DE LUZ José Álvaro Correia BANDA SONORA ELETRÓNICAJonas Runa PRODUÇÃO EXECUTIVA ACCCA – Companhia Clara Andermatt APOIOS O Espaço do Tempo, Musibéria, Estúdios Vítor Córdon CNB-TNSC, Jazzy Dance Studios, Playbowling de Cascais, Teatro do Bairro APOIO À DIVULGAÇÃO Antena 2, Lisbon Arte Hotel COPRODUÇÃO Cine-Teatro Louletano, Teatro Municipal do Porto, Companhia Clara Andermatt e São Luiz Teatro Municipal
foto:Estelle Valente
segunda-feira, 29 de outubro de 2018
domingo, 23 de setembro de 2018
"sem palavras nem coisas", António Franco Alexandre, 1974.
https://www.youtube.com/watch?v=1BNiOfHy9Fk
Desde Janeiro temos estado a trabalhar António Franco Alexandre, alojados
em sem palavras nem coisas. Cientes da sua construção até ao ínfimo e de
que desejaríamos um espectáculo como o poema, críptico e epifânico.
Dialógico, entre os metais e as madeiras dos nossos instrumentos.
Guiou-nos primeiro a percepção de uma música a intuir no verso, mediante um
processo de cristalização tonal do discurso. Não menos importante, o mergulho
livre no corpo lexical que o autor visita e comuta: fomos pálpebra, flanco,
mansidão, noite espessa, veias abertas, redes mornas, asas misturadas.
Largas doses de especulação musicológica acabaram em abandono perante a
força de muito do que produzíramos espontaneamente, sempre que soubemos
ouvir. Discernir o tema, continuar a ouvi-lo, cada um na sua cidade, em diferido.
Aceitar que o tema nos escolhe. Reiterar-lhe o nome: mansidão dos pulsos ou
acendo o amor.
Houve um tempo grato, quase luxuoso, de repetição e miscigenação, e um
menos grato, divisivo e mental. Por via da composição em tempo real, escuta e
decantação, chegámos a este sem palavras nem coisas e a uns quantos
possíveis lados b. O decisivo do trabalho, fizemo-lo no Laboratório de
Computação Sonora e Musical da FEUP e no O'Culto da Ajuda, sede da Miso Music. Agradecemos
aos nossos interlocutores, Rui Penha e Miguel Azguime; se nos lançamos hoje
em assalto à beleza, entre o plano e o acidente, é também por vossa causa.
em sem palavras nem coisas. Cientes da sua construção até ao ínfimo e de
que desejaríamos um espectáculo como o poema, críptico e epifânico.
Dialógico, entre os metais e as madeiras dos nossos instrumentos.
Guiou-nos primeiro a percepção de uma música a intuir no verso, mediante um
processo de cristalização tonal do discurso. Não menos importante, o mergulho
livre no corpo lexical que o autor visita e comuta: fomos pálpebra, flanco,
mansidão, noite espessa, veias abertas, redes mornas, asas misturadas.
Largas doses de especulação musicológica acabaram em abandono perante a
força de muito do que produzíramos espontaneamente, sempre que soubemos
ouvir. Discernir o tema, continuar a ouvi-lo, cada um na sua cidade, em diferido.
Aceitar que o tema nos escolhe. Reiterar-lhe o nome: mansidão dos pulsos ou
acendo o amor.
Houve um tempo grato, quase luxuoso, de repetição e miscigenação, e um
menos grato, divisivo e mental. Por via da composição em tempo real, escuta e
decantação, chegámos a este sem palavras nem coisas e a uns quantos
possíveis lados b. O decisivo do trabalho, fizemo-lo no Laboratório de
Computação Sonora e Musical da FEUP e no O'Culto da Ajuda, sede da Miso Music. Agradecemos
aos nossos interlocutores, Rui Penha e Miguel Azguime; se nos lançamos hoje
em assalto à beleza, entre o plano e o acidente, é também por vossa causa.
YOUTUBE.COM
de João Madeira e Constança Carvalho Homem a partir de António Franco Alexandre O’culto da Ajuda Miso Music Portugal art music centre because…
domingo, 16 de setembro de 2018
sem palavras nem coisas . João Madeira e Constança C. Homem | |
![]() | |
22 de Set. de 2018 21:30O'culto da Ajuda | |
22 de Setembro de 2018 | 21h30 |
O'culto da Ajuda | Lisboa
SEM PALAVRAS NEM COISAS . João Madeira e Constança C. Homem
de João Madeira e Constança Carvalho Homem a partir de António Franco Alexandre |
terça-feira, 14 de agosto de 2018
Golfo Místico - Transição @ Zaratan, Lx, Festival Múltiplo, 16/08/2018
Resta-me lembrar-vos que esta quinta 16, na Zaratan acontecerá um momento único. Vou dirigir um ensemble de músicos Grandes - Carlos Zingaro no violino, Miguel Mira no violoncelo em 4ªs, Paulo Curado na flauta, José Bruno Parrinha nos clarinetes, Bb e Baixo, Constaça C. Homem com a sua voz e Nuno Morão com percussões, - para juntos fazermos a banda sonora da performance da Helen Ainsworth e os seus bonecos de papel, elaborados em tempo real, tal como a música...! Todos teremos presente um dos temas mais importantes, pessoal e profissionalmente, para a Helen - a Rhapsody in Blue de G. Gershwin... especialmente eu e a minha "composição", na qual haverão muitas surpresas...
- É assim que funciona o Golfo Místico!
Algumas coisas posso prometer: os músicos tocarão nas suas sete quintas, porque os conheço muito bem(!) e a Helen está entusiasmadíssima com improvisar a partir de uma das suas músicas da vida!... Não percam, por favor, no Fetival Múltiplo 2018!
- É assim que funciona o Golfo Místico!
Algumas coisas posso prometer: os músicos tocarão nas suas sete quintas, porque os conheço muito bem(!) e a Helen está entusiasmadíssima com improvisar a partir de uma das suas músicas da vida!... Não percam, por favor, no Fetival Múltiplo 2018!
domingo, 12 de agosto de 2018
quarta-feira, 4 de julho de 2018
Homem Madeira
O trabalho fascinante que tenho desenvolvido com a Constança C. Homem e que promete novidades ainda para 2018 e quiçá, 2019!
https://soundcloud.com/homemmadeira/em-maio
Ouçam! Opinem o que aprouver...!
Em progresso, e residência artística na FEUP durante a próxima semana...
O caldeirão vai ferver!
https://soundcloud.com/homemmadeira/em-maio
Ouçam! Opinem o que aprouver...!
Em progresso, e residência artística na FEUP durante a próxima semana...
O caldeirão vai ferver!
sábado, 9 de junho de 2018
quarta-feira, 9 de maio de 2018
Marcel Proust, Em Busca do Tempo Perdido, 1927. Vol.7, O Tempo Reencontrado
"Mas, ao menos, se tais forças me fossem concedidas pelo tempo suficiente para realizar a minha obra, não deixaria acima de tudo de descrever nela os homens, ainda que tal os fizesse parecerem-se com uns seres monstruosos, uns seres que ocupam um lugar tão considerável comparado com o tão restrito lugar que lhes está reservado no espaço, um lugar de facto desmedidamente prolongado, visto que, como gigantes imersos nos anos, eles atingem simultaneamente épocas tão distantes, entre as quais tantos dias ocuparam o seu lugar: no Tempo."
quinta-feira, 21 de dezembro de 2017
quarta-feira, 15 de novembro de 2017
quarta-feira, 8 de novembro de 2017
João Madeira Cv Curriculum Vitae
JOÃO MADEIRA
Musician
Composer
Calçada da
Memória, 44 A
1300-398 Lisbon,
PORTUGAL
+351(PT)
916455068
EDUCATION
- National Conservatory
Music School, Lisbon. Doublebass Teacher – João Panta-Nunes.
- Universidade Nova de Lisboa, Faculdade de
Ciências Sociais e Humanas, Graduated in Musicology, 2003. Teachers -Rui
Vieira Nery, Salwa Castelo Branco, Mário Vieira de Carvalho.
Professional
experience
- Investigator on the
research for the aplication of the Fado heritage by Unesco, 2004.
- Coordinator of the Music
Sector in INATEL
headquarters, 2006.
- Since 2003, teacher in private and public
schools (in Lisbon and O’Porto) - music teory, music initiation, music
expression, music history, music education, áudio/multimédia, studio
introdution, choir conductor, piano, guitar, bisel flute, ukelele, bass and
doublebass.
Theater
2004, As aventuras do Grão
de Bico, O
Bando,
Musician
interpreter.
2005, A Fábrica de Nada, Artistas Unidos, Dir. Jorge Silva
Melo,
Musician/performer.
2007, Agora Eu Era, Companhia de Teatro do Chapitô, Co-creator, Musician,
Actor.
2009, O Ginjal, Casa Conveniente, Dir. Mónica Calle, Musician/performer.
2012, As ruas estão tão
tristes..., Divas
Iludidas,
Musician/performer.
2013, Para Acabar, A.
Artaud, Constança
C. Homem
& JM, Co-creator, Actor, Musican.
2014, Grande Noite do
Fado, Divas
Iludidas,
Musician/performer.
2015, Recital Popular, João Madeira & Margarida
Mestre
& local comunity, Festival do Silêncio, Co-creator, Musician/performer.
2016, A História do Urso e
do Gato Selvagem, Corpo-de-Hoje, Dir. Ana Borges, Performer, Actor.
2017, Recital Popular II, João Madeira & Margarida
Mestre
and local comunity, Festival do Silêncio, Co-creator, Musician/performer.
Video/cinema
2012, A África de José
de Guimarães,
Jorge
Silva Melo & Miguel Aguiar, Artistas Unidos / Guimarães 2012, Original
Music.
2013, O Antropomorfo, Vítor Alves & Miguel
Aguiar, LxFilmes, Original Music.
2017, A Travers Souto, Eduardo Souto de
Moura Architecture, Catherine
Dethy, Alexandre Caldara, João Madeira, Luc Gobyn, Les Autres / Piningobini,
Original Music.
Other
Skills and experiences
1999, Workshop Choral
Conduction,
José Robert.
1998-2003, Portuguese
Literature
optional disciplines, U.N.L. – F.C.S.H, Teachers - Clara Crabbé Rocha, Isabel
Allegro de Magalhães.
2002, ...E a lua
forma-se luar,
João
Madeira, Aríon Publicações / Assírio&Alvim, a poetry book.
Since 2005, Musician Coordinator in
GDA,
Gestão dos Direitos dos Artistas.
2006, Research on Viola
Campaniça,
João
Madeira & Pé de Xumbo, Program for 1 year borrowed traditional instruments.
Since 2012, MIA, Encontros de
Música Improvisada da Atouguia.
2012, Vasco da Gama, Harmattan Theater, Live Street Performance
in Lisbon.
Since 2013, Improchamber, Paulo Chagas, Composition for an
Improvisers suite , Atouguia da Baleia’s Church, Musicians – Carlos
“Zíngaro”, Miguel Mira, Paulo Chagas, Paulo Curado, Fernando Simões.
Since 2015, Member of Granular, Associação de Músicos
Improvisadores.
2015, Superterz – Insomnia Sessions –
Maus
Hábitos, Porto, Musicians - Marcel Vaid, Ravi Vaid, Simon Berz, Koho
Mori-Newton, Carlos “Zíngaro”, Hilaria Kramer.
2016, Pedra Papel Tesoura,
João
Madeira & François Choiselat (Vibraphone), Flores do Cabo, Sintra, 4
Live Improvisations / Multidisciplinary Performances – with Dance, VideoArt
live acting, Puppets live acting, and Human Voice – Rita Maria.
2016,
Vexations, Erik Satie, world debut presentation, Eduardo Sérgio score interpretation, Sintra.
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