domingo, 18 de novembro de 2018

Estreia: Parece que o Mundo, 22,23 e 25 no Teatro S.Luiz



Estreio na próxima quinta "Parece que o Mundo":

A coreógrafa Clara Andermatt junta-se ao pianista e compositor João Lucas, seu colaborador de longa data. Uma cumplicidade criativa em permanente atualização, alimentada pelo questionamento das relações expressivas entre o movimento e a música. Parece que o Mundo, inspirado na obra Palomar, de Italo Calvino, é uma montra que nos aproxima do mundo que observa e é observado. Conjugando intuição e pensamento metódico, a atenção às coisas movimenta-se pela imensidão daquilo que parece – quer nas relações mais amplas com o cosmos ou com o infinito, quer no âmbito mais restrito das observações quotidianas, construindo os seus símbolos e os seus significados. Com um elenco de bailarinos e músicos, esta peça, tal como a obra que a inspira, movimenta-se em três planos distintos: o da observação, o da narrativa e o da meditação.

DIREÇÃO Clara Andermatt COCRIAÇÃO Clara Andermatt e João Lucas INTÉRPRETES Ana Moreno, Felix Lozano, Gil Dionísio, Joana Guerra, João Madeira, Jolanda Löellmann e Liliana Garcia CENOGRAFIAArtur Pinheiro FIGURINOS Ana Direito DESENHO DE LUZ José Álvaro Correia BANDA SONORA ELETRÓNICAJonas Runa PRODUÇÃO EXECUTIVA ACCCA – Companhia Clara Andermatt APOIOS O Espaço do Tempo, Musibéria, Estúdios Vítor Córdon CNB-TNSC, Jazzy Dance Studios, Playbowling de Cascais, Teatro do Bairro APOIO À DIVULGAÇÃO Antena 2, Lisbon Arte Hotel COPRODUÇÃO Cine-Teatro Louletano, Teatro Municipal do Porto,  Companhia Clara Andermatt e São Luiz Teatro Municipal

foto:Estelle Valente

domingo, 23 de setembro de 2018

"sem palavras nem coisas", António Franco Alexandre, 1974.


https://www.youtube.com/watch?v=1BNiOfHy9Fk

Desde Janeiro temos estado a trabalhar António Franco Alexandre, alojados
em sem palavras nem coisas. Cientes da sua construção até ao ínfimo e de
que desejaríamos um espectáculo como o poema, críptico e epifânico.
Dialógico, entre os metais e as madeiras dos nossos instrumentos.
Guiou-nos primeiro a percepção de uma música a intuir no verso, mediante um
processo de cristalização tonal do discurso. Não menos importante, o mergulho
livre no corpo lexical que o autor visita e comuta: fomos pálpebra, flanco,
mansidão, noite espessa, veias abertas, redes mornas, asas misturadas.
Largas doses de especulação musicológica acabaram em abandono perante a
força de muito do que produzíramos espontaneamente, sempre que soubemos
ouvir. Discernir o tema, continuar a ouvi-lo, cada um na sua cidade, em diferido.
Aceitar que o tema nos escolhe. Reiterar-lhe o nome: mansidão dos pulsos ou
acendo o amor.
Houve um tempo grato, quase luxuoso, de repetição e miscigenação, e um
menos grato, divisivo e mental. Por via da composição em tempo real, escuta e
decantação, chegámos a este sem palavras nem coisas e a uns quantos
possíveis lados b. O decisivo do trabalho, fizemo-lo no Laboratório de
Computação Sonora e Musical da FEUP e no O'Culto da Ajuda, sede da Miso Music. Agradecemos
aos nossos interlocutores, Rui Penha e Miguel Azguime; se nos lançamos hoje
em assalto à beleza, entre o plano e o acidente, é também por vossa causa.
João Madeira
Constança Carvalho Homem
Setembro, 2018
YOUTUBE.COM
de João Madeira e Constança Carvalho Homem a partir de António Franco Alexandre O’culto da Ajuda Miso Music Portugal art music centre because…

domingo, 16 de setembro de 2018

sem palavras nem coisas . João Madeira e Constança C. Homem

22 de Set. de 2018 21:30

O'culto da Ajuda

22 de Setembro de 2018 | 21h30 |
 O'culto da Ajuda | Lisboa

SEM PALAVRAS NEM COISAS . João Madeira e Constança C. Homem

«sem palavras nem coisas», de 1974, é um exemplo ímpar do ofício de António Franco Alexandre. Poema improvavelmente maturo, assume-se como exercício ficcional e privilegiado território plástico, sonoro. Na afinidade procurada entre voz e contrabaixo, João Madeira e Constança Carvalho Homem apresentam os frutos de uma residência guiada por três grandes questões: como tornar audível o sentido sem desvirtuar uma estratégia inerente de camuflagem? que alusões musicais poderão estar presentes, espessar a vocação performativa do poema? que compromisso entre plano e entropia, improvisação e partitura?

de João Madeira e Constança Carvalho Homem
a partir de António Franco Alexandre

terça-feira, 14 de agosto de 2018

Golfo Místico - Transição @ Zaratan, Lx, Festival Múltiplo, 16/08/2018

Resta-me lembrar-vos que esta quinta 16, na Zaratan acontecerá um momento único. Vou dirigir um ensemble de músicos Grandes - Carlos Zingaro no violino, Miguel Mira no violoncelo em 4ªs, Paulo Curado na flauta, José Bruno Parrinha nos clarinetes, Bb e Baixo, Constaça C. Homem com a sua voz e Nuno Morão com percussões, - para juntos fazermos a banda sonora da performance da Helen Ainsworth e os seus bonecos de papel, elaborados em tempo real, tal como a música...! Todos teremos presente um dos temas mais importantes, pessoal e profissionalmente, para a Helen - a Rhapsody in Blue de G. Gershwin... especialmente eu e a minha "composição", na qual haverão muitas surpresas...
- É assim que funciona o Golfo Místico!
Algumas coisas posso prometer: os músicos tocarão nas suas sete quintas, porque os conheço muito bem(!) e a Helen está entusiasmadíssima com improvisar a partir de uma das suas músicas da vida!... Não percam, por favor, no Fetival Múltiplo 2018!


domingo, 12 de agosto de 2018

quarta-feira, 4 de julho de 2018

Homem Madeira

O trabalho fascinante que tenho desenvolvido com a Constança C. Homem e que promete novidades ainda para 2018 e quiçá, 2019!

https://soundcloud.com/homemmadeira/em-maio

Ouçam! Opinem o que aprouver...!

Em progresso, e residência artística na FEUP durante a próxima semana...

O caldeirão vai ferver!

quarta-feira, 9 de maio de 2018

Marcel Proust, Em Busca do Tempo Perdido, 1927. Vol.7, O Tempo Reencontrado



"Mas, ao menos, se tais forças me fossem concedidas pelo tempo suficiente para realizar a minha obra, não deixaria acima de tudo de descrever nela os homens, ainda que tal os fizesse parecerem-se com uns seres monstruosos, uns seres que ocupam um lugar tão considerável comparado com o tão restrito lugar que lhes está reservado no espaço, um lugar de facto desmedidamente prolongado, visto que, como gigantes imersos nos anos, eles atingem simultaneamente épocas tão distantes, entre as quais tantos dias ocuparam o seu lugar: no Tempo."